Viajando na net esses dias me deparei com certos comentários feitos em determinadas redes sociais, disso surgiu a inspirãção para o que vocês estão prestes a ler. O intuito deste post não é provocar ninguém, mas sim dar um pouco de luz à quem precisa, e quem sabe, mudar algumas idéias errôneas.
As pessoas cometem erros, as pessoas se enganam, as pessoas sobrevivem e seguem em frente. Pelo amor de Deus, que graça iria ter a vida se a gente sempre tomasse as decisões certas, sempre dissesse as coisas certas e nunca se enganasse? São desses pequenos deslizes que surgem os aprendizados, os novos pontos de vista, não tem como sair perdendo.
Às vezes fazemos escolhas erradas, indo contra tudo o que nos alertam. Mas como já dito no meu primeiro post, não adianta voltar atrás, você fez a escolha que melhor te cabia naquele momento. Águas passadas não movem moinhos e certas coisas devem ficar no passado, mortas e enterradas e, de preferência, esquecidas, caso seja essa a vontade.
O que não é certo é se martirizar eternamente por obra de suas escolhas passadas, se deixar envolver por sombras que te dizem que é melhor viver em solidão do que correr atrás do prejuízo e dar a volta por cima, e reconquistar coisas que você julga importantes para a sua vida.
Se enganar é nada mais que comum, corriqueiro e humano. O que você faz depois de cair é o que te define, e não o que te fez cair em primeiro momento. A vida foi feita para se dar a volta por cima e dar o melhor que se pode em todas as circunstâncias.
As pessoas mudam, as situações mudam, o tempo muda, as circunstâncias mudam, bem como o mundo continua (e vai continuar) girando em sua órbita ao redor do sol. E por pior que as situações pareçam, você vai sobreviver.
Como eu disse, o intuito deste post nunca foi provocar ou ofender ninguém, só quis dar um pouco de luz à um velho amigo do meu passado. Não é algo que tenham me pedido, mas eu fiz de uma pura intuição que veio a mim.
Galera, no mais é isso.
E vamo que vamo! =)
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Os Sentimentos do Outro
Muitas vezes nosso olhar sobre o outro, sobre suas atividades e sentimentos, é extremamente superficial.
O egoísmo em nós ainda cega para as necessidades do outro, e isso, num relacionamento a dois, é fator preponderante para o fracasso.
Necessário que deixemos as cavernas de nossas preocupações pessoais para conhecer outras moradias, nos aproximando do outro.
Nesse caminho sempre seremos presenteados com o sol do dia, que nos fará enxergar a vida e o próximo de forma muito mais nítida.
O que para um pode não ter importância ou significado, para o outro poderá ser fundamental.
Considerar isso é um exercício necessário, que deve ser realizado com constância e interesse.
A empatia é a sábia comandante dessa proposta elevada, que nos convida a perceber o outro e suas razões através de um novo ponto de vista, de uma nova perspectiva.
Ela nos ajuda a ser menos implacáveis nos julgamentos e condenações que fazemos.
Ela nos ajuda a compreender e a desenvolver a compaixão, evitando que a raiva e a vingança tomem o leme de nossa existência.
Ela nos faz entender que as ideias e sentimentos das outras pessoas são tão importantes quanto os nossos.
Ela nos ajuda a amar o ser amado...
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, pt. III, do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie, ed. Cia. Editora Nacional.
O egoísmo em nós ainda cega para as necessidades do outro, e isso, num relacionamento a dois, é fator preponderante para o fracasso.
Necessário que deixemos as cavernas de nossas preocupações pessoais para conhecer outras moradias, nos aproximando do outro.
Nesse caminho sempre seremos presenteados com o sol do dia, que nos fará enxergar a vida e o próximo de forma muito mais nítida.
O que para um pode não ter importância ou significado, para o outro poderá ser fundamental.
Considerar isso é um exercício necessário, que deve ser realizado com constância e interesse.
A empatia é a sábia comandante dessa proposta elevada, que nos convida a perceber o outro e suas razões através de um novo ponto de vista, de uma nova perspectiva.
Ela nos ajuda a ser menos implacáveis nos julgamentos e condenações que fazemos.
Ela nos ajuda a compreender e a desenvolver a compaixão, evitando que a raiva e a vingança tomem o leme de nossa existência.
Ela nos faz entender que as ideias e sentimentos das outras pessoas são tão importantes quanto os nossos.
Ela nos ajuda a amar o ser amado...
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, pt. III, do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie, ed. Cia. Editora Nacional.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Luz na Escuridão
Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai.
Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.
Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores.
Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória.
De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas.
Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas.
Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases.
Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas.
O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca.
Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo.
O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais.
Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.
Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro.
A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.
Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto.
Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.
Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o.
Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.
Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam.
À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto.
O sistema permitia também ler e escrever música.
A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo:
"Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países.
Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
***
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir.
No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. O menino que trouxe luz ao mundo da escuridão, do Livro das Virtudes II - o compasso moral, de Willian J. Bennett, ed. Nova Fronteira.
Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.
Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores.
Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória.
De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas.
Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas.
Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases.
Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas.
O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca.
Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo.
O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais.
Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.
Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro.
A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.
Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto.
Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.
Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o.
Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.
Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam.
À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto.
O sistema permitia também ler e escrever música.
A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo:
"Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países.
Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
***
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir.
No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. O menino que trouxe luz ao mundo da escuridão, do Livro das Virtudes II - o compasso moral, de Willian J. Bennett, ed. Nova Fronteira.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A mente apaga registros duplicados
Por Airton Luiz Mendonça
(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado.
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente);
O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.
Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA!
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.
Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras...
V-I-V-A !!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos!
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.
(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado.
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente);
O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.
Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA!
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.
Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras...
V-I-V-A !!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos!
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Ilhas
O ser humano não é em si uma ilha. Mas às vezes ele precisa ser.
Porque existem coisas que ele não sonharia em dizer em voz alta, porque sabe que seria doloroso demais. Ou então porque sabe que se tivesse certas ações, seria mau visto. Ou porque sabe que certas coisas, só se deve debater consigo mesmo.
A verdade é que só você se conhece inteiramente, e até essa é uma afirmação difícil de se fazer, pois nem você se conhece tão a fundo assim. Dadas devidas circunstâncias, só Deus sabe do que cada um é capaz.
E é por isso que precisamos sempre parar e refletir, pois a cada palavra dita e ação feita, podemos acabar virando ilhas, e o ser humano não foi feito para viver eternamente em solidão.
Mas afinal, o que é uma ilha? É um pedaço de terra completamente rodeado por terra. É um organismo "estranho" rodeado de outros. Você pode ser uma pessoa diferente, com uma visão de mundo diferente dos demais e se sentir sozinho. A água do mar sempre bate na areia da ilha e elas se misturam momentâneamente;mas no final do dia, a ilha continua sozinha e basta em si mesma, pois é um organismo independente. O que quer dizer que você pode estar rodeado de pessoas especiais, cada um à sua maneira, e ainda sim sentir que falta alguma coisa, sentir a solidão.
Às vezes é necessário se sentir assim, pois olhando para dentro de si mesmo é que se fica forte e acha-se soluções para os problemas enfrentados. É olhando para dentro de si mesmo que se percebe que o passado por lá mesmo deve ficar, e que nunca devemos nos arrepender de nada, não se deve mudar a não ser que se queira e que se deve ser verdadeiro sempre.
E a conclusão que eu chego é que eu prefiro ser uma ilha a ser igual a todo mundo.
Porque existem coisas que ele não sonharia em dizer em voz alta, porque sabe que seria doloroso demais. Ou então porque sabe que se tivesse certas ações, seria mau visto. Ou porque sabe que certas coisas, só se deve debater consigo mesmo.
A verdade é que só você se conhece inteiramente, e até essa é uma afirmação difícil de se fazer, pois nem você se conhece tão a fundo assim. Dadas devidas circunstâncias, só Deus sabe do que cada um é capaz.
E é por isso que precisamos sempre parar e refletir, pois a cada palavra dita e ação feita, podemos acabar virando ilhas, e o ser humano não foi feito para viver eternamente em solidão.
Mas afinal, o que é uma ilha? É um pedaço de terra completamente rodeado por terra. É um organismo "estranho" rodeado de outros. Você pode ser uma pessoa diferente, com uma visão de mundo diferente dos demais e se sentir sozinho. A água do mar sempre bate na areia da ilha e elas se misturam momentâneamente;mas no final do dia, a ilha continua sozinha e basta em si mesma, pois é um organismo independente. O que quer dizer que você pode estar rodeado de pessoas especiais, cada um à sua maneira, e ainda sim sentir que falta alguma coisa, sentir a solidão.
Às vezes é necessário se sentir assim, pois olhando para dentro de si mesmo é que se fica forte e acha-se soluções para os problemas enfrentados. É olhando para dentro de si mesmo que se percebe que o passado por lá mesmo deve ficar, e que nunca devemos nos arrepender de nada, não se deve mudar a não ser que se queira e que se deve ser verdadeiro sempre.
E a conclusão que eu chego é que eu prefiro ser uma ilha a ser igual a todo mundo.
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