sexta-feira, 12 de março de 2010

Crônicas Urbanas II - Doce como Mel


Gentileza vem em forma de várias coisas: um favor, uma conversa, um rolê para espairecer, um bolo para tirar o mau-humor e etc. Mas na minha vida, a gentileza vem na forma de uma grande amiga, a própria definição de doçura e gentileza, a Melissa.

Você pode olhar para ela e não entender o que eu estou dizendo... Só o que eu posso dizer é que você deve estar olhando a Melissa errada. A Mel que eu falo é aquela moça de "Birtiba", apaixonada pelo que faz, pelo español, pela vida. Aquela que sempre percebe as coisas nas entrelinhas, que tem conselhos com sabor de bala, de tão doces e reais que são. Aquela que dá colo, que é meio mãezona em alguns momentos, que fica bravinha quando algumas pessoas(desconheço) gritam "Mel!" como gatos no meio da rua. Aquela que te manda uma mensagem à meia-noite para perguntar simplesmente se você está bem e que é louca pelo Pequeno Príncipe.

Só posso dizer que agradeço sempre por ter encontrado uma amiga como você Mel! E quero que saiba que essa tia aqui sempre estará no seu lado. Amo você! =)

Sempre comigo

Às vezes na vida a gente passa por altos e baixos. Eles variam de uma alegria alucinante a uma tristeza insuportável.

Claro que isso é somente normal, faz parte da minha teoria: toda pessoa tem um período de altos e baixos, como uma montanha russa...uma hora você está no auge, na outra você está por baixo. E essa variação acontece sempre em um determinado período de tempo, que varia de pessoa pra pessoa: pode ser de mês em mês, semestre em semestre ou ano em ano, mas o fato é que essa variação existe e tem a função de simplesmente nos fazer crescer, você entra de um jeito e sai de outro e melhor ainda.

Ultimamente eu ando na fase do "baixo", chateada, irritada, desesperada, nervosa, ansiosa, aflita. E nisso que a gente deixa o negativismo tomar conta da gente, coisas "ruins" acontecem e a gente fica carente e sentimental demais, querendo colo e atenção o tempo todo... E a gente não pode simplesmente exigir do mundo que compreenda o que a gente tá passando, as pessoas não são adivinhas,não tem obrigação de ajudar você e muito menos perder uma noite de sono só porque você está carente. As pessoas têm seu próprio espaço, seu próprio tempo, precisamos respeitar e aceitar isso. E não simplesmente ficar chorando num cantinho só porque as pessoas não têm a reação aos seus problemas do jeito que você espera que tenham.

Por entender isso agora,eu peço desculpas aos meus amigos, que andam aturando (com muita paciência, devo dizer) a minha carência excessiva.

Mas voltando à linha de racicínio... seus amigos e companheiros não têm essa obrigação, se eles os fazem é por consideração e amor à sua pessoa. Mas nem sempre eles estão lá para dizer "vai ficar tudo bem", "vira macho rapá", "pára de ser emo", ou "dê um tempo para você mesma", porque eles também tem os problemas deles.

Nesse ponto você pode parar e perguntar: "então você fica sozinho (a)?". Nesse mesmo momento eu vou parar e dizer que "não". Porque sempre vão existir pessoas que amam você do jeito que você é, seja sério, chamativo, auto-suficiente ou carente. Vão amar você mesmo que você faça a maior cagada do mundo ou mesmo que um dia você não seja mais você. Às vezes vão amar tanto você, que vão te deixar sentir ódio deles, só para te proteger. "Eles" são sua família, a coisa mais preciosa que você tem. Seja família de sangue, de afinidade, ou espiritual, eles sempre vão estar lá por você, para te socorrer caso você venha a precisar. E por mais longe que eles pareçam estar, eles sempre vão aparecer para te socorrer.
Eu precisei ficar desesperada para finalmente entender isso e ver que vocês sempre estarão lá por mim, não importa o que eu faça, não importa que eu mude, não importa o que aconteça. Simplesmente agradeço de coração por dividirem essa jornada comigo. Eu amo vocês.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Eu, impulsiva.

"[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais."

...

"Sou o que se chama de pessoa impulsiva.
Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio-a-meio:
Às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais:
Eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura o bastante ainda. Ou nunca serei!"


...

"Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém."



- Clarice Lispector

terça-feira, 2 de março de 2010

Crônicas Urbanas I - A Garota do Esmalte Verde


Uma singela homenagem à uma grande pequena amiga!


Há quem diga que essas duas juntas são risada na certa. Há quem diga que não sabe como elas foram se tornar amigas. Ninguém sabe ao certo o que as uniu, mas a verdade é que assim foi: Uma ida forçada à escola; algumas conversas; Cheetos; toques sobre aula aqui e ali; quarteto mais um; Porto Vitória; Toefl; desabafos; Loft; Vaca Loca; Espeto; Corinthians x Santos; Palmeiras x São Paulo; GOL 1; GOL 2; GOL 3; Kid Vomitinho; Peitinho; Devassas; níver da Dani, garagem; corsa; celta; gol; fiesta cor-de-corna; aula; bala de gelatina; Palestrina; Algo Verde; o Rappa; Mew!; Guilherme Silva; A-áá; Sheldon Cooper; TBBT; Pi-gun-ça; "A Mari vai voando"; Esmalte Verde e muito mais.


A pequena grande Jubs, a ogra-chamego por dentro. Aquela que tem sempre os "piores" conselhos, mas que na realidade, são os melhores. Aquela que acompanha em tudo. O porto-seguro, uma das melhores amigas que pode existir nesse mundo. Amo você para sempre. Sem mais.